1. Conselho
Li (não lembro onde) um conselho melhor que o do "use filtro solar": Tire fotos! Hoje todo mundo leva uma câmera fotográfica no bolso e custa praticamente nada tirar uma foto. Fotos são melhores para contar histórias, então tire fotos. Nem que seja pra deixar guardada num canto do HD e esquecer. Um dia você vai reencontra-la e poderá relembrar coisas há muito esquecidas.Uma caixa de placas eletrônicas num ferro velho (foto tirada em 2014) |
2. Livro: Designing Analog Chips (Hanz Camenzind - 2005).
Um livro sobre algo que dificilmente veremos aqui no Brasil: Projeto de circuitos integrados analógicos. O autor é ninguém menos que o criador do CI 555. A história de como ele criou o 555 e de como o CI funciona é uma das grandes atrações do livro (Capítulo 11: "Timers and Oscillators"). Aliás, em cada capítulo ele conta um pouco da história da eletrônica. Particularmente gostei muito de saber de onde veio a medida de valores RMS, com a história de Charles Steinmetz no capítulo 6 ("Time Out: Analog Measures"). Capítulo este que, IMHO, deveria estar no inicio do livro e não no meio. Eu recomendaria ler primeiro este capítulo e depois voltar ao inicio. A maior parte do livro é sobre as diversas topologias de circuitos usados em CIs analógicos. A parte de como são "construídos" os componentes na pastilha de silício é tratada apenas no último capítulo (17: "Layout"). Um ótimo livro, recomendo fortemente (Ainda mais por ser de graça).
3. Curiosidade
Acabei de cair num lugar estranho: uma licitação da Câmara dos Deputados para compra de componentes eletrônicos em 2014 (106.033/2014). Entre os itens estão 7 RaspBerry Pi B, 7 Arduinos Mega 2560 (e os shields de Ethernet e Bluetooth) e microcontroladores PIC 16F628A (20 peças) e 18F4520 (10 peças). Os demais são componentes comuns (resistores, capacitores, diodos, etc) que se enquadram numa lista que alguém compraria para começar a aprender eletrônica (ver as páginas 8 e 9). Seria um curso? Na Câmara dos deputados? Só para sete pessoas? Não achei mais informações...
4. Evento
E vai sair uma mini Maker Faire no Rio de Janeiro, dia 5 de Novembro. Por enquanto não tem muita informação sobre o que vai ter e quem deve aparecer por lá. Pra quem ainda não sabe "Maker" é o novo nome (hypster) para "Hobista". Um amigo (fala Dito!) gosta de dizer que "Makers" são os "acendedores de LEDs".5. Lista
E por falar no Dito, tava conversando com ele outro dia e ele levantou uma lista de grandes projetos nacionais que não deram em nada. Segue:
1. Tanque EE-T1 Osório - Um protótipo, feito por uma empresa sem experiência na área e tentando ganhar uma concorrência internacional contra gente que entendia do negócio. Tudo pra dar certo... SQN.
2. Programa Espacial Brasileiro - Mais de 20 anos, muito dinheiro e nenhum resultado digno de nota. Compare com o programa espacial Indiano e chore...
3. Submarino Nuclear- 40 (?) anos para produzir a maquete mais cara do mundo.
4. Ginga - Quem? Ninguém conhece e ninguém usa, usou ou usará...
5. Zeebo - Hardware de celular, jogos de celular, usava a rede de celular e queria ser um videogame.
6. Microcontrolador brasileiro
O Dito queria colocar o microcontrolador ZR16 (primeiro microcontrolador 10 a 30% brasileiro, nas palavras dele) na lista, mas eu protestei. Ainda é cedo pra falar que ele falhou no mercado. Tá certo que eles não divulgam notícias há um bom tempo (exatos 2 anos) e não responderam meus (dois) pedidos de informações. Testei o simulador, li a documentação e alguns exemplos e o micrinho me pareceu bem promissor. Embora algumas coisas tenham me incomodado ("espera_maluco" não é um bom nome de função (No Cute Code!), mapa de memória feito no Paint e meus cálculos parecem indicar que ele pode aquecer um pouco) fiquei otimista com a iniciativa.
7. Mistérios da Internet
Um grande mistério: os vídeos da "Família Dedo" ("Finger Famliy"). Milhões e milhões de visualizações (somados os três mais vistos passam de 1 Bilhão) para vídeos mal feitos e com as mais diversas violações de direitos autorais. Minha filha vê e revê estes vídeos em loop infinito... E, olhando a área de comentários destes vídeos, parece ser um fenômeno mundial.
Tem coisas no Brasil que demoram tanto para a implementação que perdem a utilidade. Um exemplo disso é Angra 3. Hoje a tendência são PCH (pequenas centrais hidrelétricas), energia solar e energia eólica.
ResponderExcluirO submarino nuclear é um exemplo clássico: se há 40 anos não precisamos dele, por que precisaríamos no futuro.
Sobre o ZR16, há ~1 ano atrás eu trabalhava na empresa que estava projetando um kit de desenvolvimento para ele. Mas como eu saí dela, não sei mais como está a situação.
ResponderExcluirIsso são projetos propositadamente sabotadas por uma elite nacional.Essa elite é uma elite "intelectual" .Não culpe os politicos por isso.Não é incompetencia de brasileiros não.
ResponderExcluirSobre o ZR16 te apresento uma biblioteca e uma IDE que desenvolvi ha 3 anos e que pode ser baixado gratuitamente no meu blog.Veja video: https://www.youtube.com/watch?v=_tt-Sv-DeTM